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Dia Global do Jovem Adventista

Dia Global do Jovem Adventista

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Queda de Lúcifer

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-Você pode ler a história completa de Lúcifer em Isaías 14 ; Ezequiel 28:13-19; e Apocalipse 12:4-12.
Por que Lúcifer se rebelou tornando-se o diabo? Ele cria que poderia se tornar Deus, assentar-se em Seu trono, a despeito do fato de que foi Cristo que o criou (ver João 1:3) e deu-lhe tudo, incluindo a liberdade de escolha e a posição de querubim chefe junto ao trono (Ezeq. 28:14 e 15) e, portanto, possuía grande autoridade.
Lúcifer era o ser criado mais exaltado no Universo. Ele deveria sentir gratidão e saber que Aquele que o criou era o Criador e não o ser criado. A criatura nunca poderá se tornar o criador. No entanto, foi isso o que Satanás buscou ser. O orgulho é cego. Assim, o pecado, que é rebelião contra Deus, teve suas raízes na exaltação pessoal e dependência de si mesmo. Lúcifer sabia que dependia de Cristo para sua vida (ver Sal. 36:9), no entanto sempre enfatizava o “eu”, em atitude de independência (a idéia aparece cinco vezes em Isa. 14:13 e 14).
A rebelião de Lúcifer não foi pública de início. Começou em sua mente. É aí onde iniciam todos os pecados. O pecado não é apenas o ato exterior, é o pensamento interior. Lúcifer se tornou Satanás na mente. Ele ponderou a respeito da posição ocupada por Cristo e passou a invejá-Lo. Queria tomar o trono dAquele que recebera o trono e passou a odiá-Lo. O ódio contra alguém é assassinato (ver I João 3:15), e é por isso que Deus o chamou de assassino e mentiroso desde o início (ver João 8:44). A inveja e o ódio de Satanás por Cristo levaram-no a lançar uma campanha de desinformação contra Ele entre os anjos (ver Apoc. 12:10).
As Escrituras dizem a respeito de Satanás: “Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você” (Ezeq. 28:15 e 16). A palavra hebraica para “maldade” é rekullah, que significa “comércio” ou “negócio”. Como salientou Richard Davidson: “comércio propagado” referindo-se a bens ou à maledicência. Aqui Satanás propagou a maledicência entre os anjos a respeito de Deus. A controvérsia cósmica se propagou com a maledicência, caluniando como injusto o caráter de Deus.
Satanás, de forma silenciosa e sediciosa, invadiu a paz e a alegria do Céu com o egoísmo. “Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Satanás reivindicou ser a melhor opção para governar o Céu. Sua influência permeou o paraíso como o câncer. Um terço dos anjos sucumbiram a seus enganos e lançaram sua sorte com ele (ver Apoc. 12:4).
Tristemente são proferidas as palavras: “Como você caiu dos Céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à Terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu coração: Subirei aos Céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo” (Isa. 14:12-14). Satanás queria assumir o lugar de Cristo. Desejava ser igual a Ele na posição, não no caráter. Seu desejo de poder era movido por motivos egoístas. Queria ser Deus. Não surpreende que tenha instado Cristo, no deserto, a prostar-Se e adorá-lo! (Ver Mat. 4:8 e 9).
Satanás, o príncipe deste mundo
Depois que foi expulso do Céu, Satanás colocou seu foco no planeta Terra com o fim de levar a raça humana a se rebelar contra Deus (ver Gên. 3:1-5). Satanás sabia que Deus havia dado a todas as criaturas, angelicais e humanas, a liberdade de escolha.
Foi o mau uso dessa liberdade que levou Lúcifer e seus anjos a se rebelarem e agora ele empregaria a mesma técnica com nossos primeiros pais. Adão e Eva, feitos à imagem de Deus (ver Gên. 1:26 e 27), eram seres livres. Podiam conversar com Deus, e Deus esperava que servissem e obedecessem voluntariamente e por amor. Novamente o mau uso da liberdade por parte de Adão e Eva levou-os e a toda a humanidade a serem escravos do pecado e de Satanás. Deus sabia que a liberdade era um risco, mas valia a pena correr esse terrível risco visto que no fim da história todos os seres criados escolherão livremente seguir a Cristo para sempre.
Deus advertiu Adão e Eva de que podiam morrer caso comessem do fruto proibido (ver Gên. 2:16 e 17). Mas Satanás, na forma de uma serpente, disse a Eva: “Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal” (Gên. 3:4 e 5). Eva duvidou da palavra de seu Criador e aceitou a palavra do tentador.
Desta forma, por meio de Adão e Eva o pecado entrou no mundo, e toda a humanidade caiu presa dele e de seus efeitos (ver Rom. 5:12). Por conseguinte, Satanás pretendia ser o senhor da Terra (ver Jó 1:7).
Jesus chamou-o de “príncipe deste mundo” (João 12:31), e Paulo rotulou-o como “O deus desta era” (II Cor. 4:4). Como príncipe e deus deste mundo, Satanás reivindicou a raça humana como lhe pertencendo. Mas Cristo veio a este mundo para reconquistar o mundo perdido.
O livro de Jó apresenta-nos as “Nações Unidas” cósmicas onde Adãos de diferentes mundos vêm para o concílio cósmico. Esses representantes vêm como líderes de um mundo. Cristo criou cada um desses mundos e cada Adão (ver João 1:1-3), também chamados de “filhos de Deus” (Jó 1:6). Cada um domina sobre seu mundo, assim como foi dado a Adão e a Eva o domínio deste mundo (ver Gên. 1:26). Mas Adão e Eva perderam sua posição que, devido ao pecado, foi usurpada por Satanás. Portanto, ele compareceu ao concílio. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6, ERAB).
No Concílio Cósmico, Cristo perguntou a Satanás: “Observaste a Meu servo Jó? Por que ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (Jó 1:8, ERAB). Esta é uma prova daquele que livremente seguia a Cristo, na controvérsia cósmica. O livro de Jó revela o drama dessas perguntas, e pode-se imaginar que os anjos e habitantes de todos os mundos observavam para ver se Jó permaneceria fiel a Cristo.
Cristo permitiu que Satanás matasse e destruísse sua família e seus bens (ver Jó 1:6-20). Em vez de blasfemar contra Deus, Jó “levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se rosto em terra, em adoração, e disse: Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor. Em tudo isso Jó não pecou e não culpou a Deus de coisa alguma” (Jó 1:20-22).
Em outra reunião do concílio (ver Jó 2:1 e 2), Cristo perguntou novamente a Satanás a respeito de Jó. “Pele por pele!, respondeu Satanás. Um homem dará tudo o que tem por sua vida. Estende a Tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele Te amaldiçoará na Tua face” (Jó 2:4 e 5). Novamente Cristo permitiu que Satanás provasse Jó. “Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça” (Jó 2:7). Em meio a tudo isso Jó permaneceu fiel a Cristo e foi por Ele felicitado (ver Jó 42:7), sendo-lhe devolvida duas vezes mais a prosperidade que tinha antes (ver Jó 42:10).
Jó é um tipo de todos os que serão salvos. Cada um testemunha ao Universo a respeito da justiça de Deus. Paulo tinha uma compreensão clara a esse respeito. O propósito de Deus era que “mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o Seu eterno plano que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Efés. 3:10 e 11).
Portanto, a visão mundial bíblica é muito mais do que salvação humana. Ela diz respeito à controvérsia cósmica da qual a salvação dos seres humanos é apenas uma parte. É fácil para os cristãos pensarem que tudo se centraliza na Terra e, em certo sentido, isso é verdade, porque aqui é o teatro no qual a controvérsia está se desenrolando. Mas o interesse no que acontece aqui não está confinado a este mundo e Céu.
A Escritura é clara quanto ao fato de que Cristo criou os mundos (aviw/naj – aionas, plural, Hebreus 1:2, era ou mundos,2 traduzido “mundos” na tradução inglesa King James e “Universo”, na Nova Versão Internacional). Estes e os anjos não caídos vêem, com grande interesse, o andamento do conflito cósmico na Terra.
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O Preparo

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Há entre nós, adventistas, certa tendência de nos preocuparmos de forma incorreta com respeito ao preparo para a volta de Jesus. Muitos se alarmam frequentemente com um ou outro acontecimento que tem lugar no mundo, ou com alguma propalada ameaça de leis dominicais, ou se o atual papa é o último, se a perseguição está iminente, etc. E quando aparece, então, algum novo pregador, ou pregadora, afirmando ter nova luz sobre profecias, ou novas interpretações sobre os sinais do fim do mundo, há sempre um grupo numeroso de irmãos que acorrem pressurosos para ouvir esses arautos de coisas sensacionais.
Não que necessariamente esses pregadores sejam desleais aos ensinos da igreja. Tanto eles, como os que se apressam a ouvi-los são, em geral, cristãos sinceros, mas que se tornam vítimas de interpretações equivocadas a respeito da vida cristã, das profecias, e do que consiste o preparo para a volta de Jesus. Geralmente reúnem textos isolados do Espírito de Profecia e da Bíblia, dando-lhes interpretações particulares, e acabam crendo firmemente em suas pretensas descobertas. E, como resultado, a religião de muitos vai se tornando fonte de incertezas e ansiedade. E então começam a se perguntar: E se Jesus vier hoje, estarei eu salvo? Terei alcançado pleno perdão de minhas faltas? Outros passam a fazer planos de ir morar em alguma localidade distante, escondida, pretensamente fora do alcance da perseguição; e outros, ainda, fazem do perfeccionismo, do ativismo, do naturismo, e de outros ismos mais, práticas meritórias ligadas à salvação.
Tempos especiais de provas virão, um dia, em cumprimento profético, mas em nada nos ajudará o anteciparmos esses tempos por desnecessárias preocupações, conforme adverte a própria Srª White no livro Mensagens Escolhidas, volume 2, p.13.
Sem dúvida, o anseio por estar preparado para a volta de Jesus é um sentimento natural do cristão fiel, mas, em que consistiria esse preparo? Seria em uma religião cheia de inquietações e temores? Eis uma declaração preciosa de Ellen White sobre essa questão: “A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimento, mas deve existir uma constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo.” – Caminho a Cristo, p. 60.
E no mesmo capítulo ela escreve: “Não devemos fazer de nós o centro, nutrindo ansiedade e temor quanto à nossa salvação. Tudo isto desvia a alma da Fonte de nosso poder … Ponde de parte a dúvida; despedi vossos temores.” – Ibidem, p. 61.
A promessa de Jesus é: “Vinde a Mim … e achareis descanso para a vossa alma.” – Mateus 11:28 e 29
Mas alguém poderá perguntar: E a obediência aos mandamentos, as boas obras, a participação na igreja, a vitória sobre o pecado e o mundanismo, não são fatores importantes na vida cristã? Claro que sim. Mas esses são frutos naturais de uma vida de comunhão com Deus, e não degraus para a salvação. Se já aceitamos verdadeiramente a Jesus como nosso Salvador e vivemos em comunhão com Ele, não haverá mais o que temer, nem quanto ao presente, nem quanto ao futuro. NEle, e com Ele, estaremos seguros. Portanto, se Jesus vier hoje, ou daqui a um ano, ou após a nossa morte, não importa. Nossa esperança está firmada nEle, e podemos dizer como o fez Paulo: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda.” – 2 Timóteo 4:8.
          E, finalmente, se você deseja saber qual é o ponto mais importante da vida cristã, e que produz
firmeza espiritual, crescimento na graça e plena certeza da salvação, eu responderia com toda segurança, alicerçado nos ensinos sagrados: É o tempo diário dedicado à comunhão com Deus, pela leitura devocional da Bíblia e pela oração particular, a qual, no dizer de Ellen White, “é a alma da religião”. Se você ainda não tem essa prática devocional diária, experimente instituí-la em sua vida. Quinze minutos, meia hora, o tempo que você puder, e no horário que lhe for mais favorável. Você ficará surpreso com os resultados.
Na parábola da videira, Jesus nos ensina o segredo da vida cristã vitoriosa: “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. … Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” – João 15: 4 e 5.
Com efeito, o ramo que estiver ligado à Videira nunca secará, nunca será lançado fora, nunca se perderá. Crê você nisso? É Jesus quem nos dá essa certeza!
Com razão escreveu Kent A. Hansen, consagrado autor evangélico: “No mais alto sentido a vida eterna é, essencialmente, questão de relacionamento com Deus, e não de atividades. Jesus declarou: ‘A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste’ (João 17:3).” – RA, maio/2000.
Eis, pois, o que é a vida cristã genuína. É permanência em Cristo. É estar ligado à Cristo pela comunhão contínua. Esse é o verdadeiro preparo para a volta de Jesus. Sem temores vãos. Sem extremismos. Sem sensacionalismos. Em “constante e serena confiança”. E, então, poderemos cantar de todo o coração o belo hino: “Que segurança! Sou de Jesus!”

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      Folhetos para os membros da Igreja
      E-mail: terciosarli.edicoes@r7.com
      Fone: (19) 3241-0397
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um remédio milagroso chamado perdão

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Não há qualquer dúvida. Perdão é o assunto chave quando se trata de relacionamento na Bíblia. É essencial para o nosso relacionamento com Deus, com os outros, e até mesmo em nosso interior. O perdão é essencial para o crescimento emocional e espiritual.

As Escrituras ensinam que a graça e a salvação são incondicionais. Isto é absolutamente verdadeiro no sentido de que não há uma maneira de ganhar a graça ou o amor de Deus; não há nada que possamos fazer para consegui-los; não há nenhuma condição de mérito que devamos satisfazer para recebê-los. Nossa salvação nos é dada gratuitamente, como uma dádiva do amor de Deus. Mas, quando lemos atentamente as Escrituras, descobrimos que antes de nos perdoar, Deus espera que perdoemos os outros. É como se Deus nos tivesse feito psicologicamente de uma maneira que não conseguiremos receber seu perdão a menos que perdoemos primeiro.

Em Lucas 6:37, Jesus afirma este princípio: “Perdoai e sereis perdoados”. Ou ainda como em algumas versões: “Soltai, e soltar-vos-ão”. Ele enfatiza isso mais de uma vez. Naquela que chamamos de oração do Senhor, Ele disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6:12). Alguns versículos adiante, Ele explica: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (versos 14 e 15).

… Mais de uma vez ouvimos a mensagem de que Jesus espera que estejamos dispostos a perdoar os outros, assim como Ele está disposto a nos perdoar. Isso… aponta para um princípio bíblico básico, emocional, psicológico e espiritual – se quisermos receber o perdão, estaremos pedindo que Deus infrinja Sua própria natureza moral. Estaremos pedindo que Ele infrinja princípios que Ele construiu em nós.
Se você achar difícil acreditar que o perdão é uma necessidade que Deus colocou em nós, olhe para o oposto do perdão – o ressentimento. Quando nos ressentimos de alguém, destruímos nosso relacionamento com essa pessoa, naturalmente. E também destruímos nossa saúde física. Qualquer médico lhe contará sobre doenças e problemas físicos que estão intimamente relacionados com o ressentimento. Ele literalmente abre buraco em nós, e é uma metáfora viva do que ele causa aos nossos relacionamentos.

As leis de Deus são uma parte fixa da existência. Elas estão nos nossos músculos, cérebros, personalidades e interações sociais. Sua lei maior, o amor, é o que trouxe ao mundo à existência, e o amor é alimentado pelo perdão. O oposto do amor é o ódio, e o ódio é alimento pelo ressentimento.

Assim, se estamos procurando o bem estar emocional, espiritual e físico, perdão é fator essencial.

Publicado em , por Amilton Menezes
http://novotempo.com/amiltonmenezes 
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Quem Está Frio: O Louvor ou O Cantor?

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Quantas vezes você já disse que os momentos de adoração musical na sua igreja têm uma temperatura que varia entre morno e frio? E quantas vezes você ouviu uma resposta rápida lhe dizendo que isso é “só falta de Jesus no coração do povo”?
De uma forma geral, a adoração precisa ser mais calorosa? Sim. O povo vai à igreja sem espírito de adoração? Também. Aliás, eleger a mornidão da adoração e da comunhão pessoal como únicas responsáveis nos leva a um beco sem saída: a adoração é fria por causa do povo ou o povo é frio por causa da música?
Respondo: nem a rigidez do serviço de louvor nem a frieza espiritual da congregação são “culpados” isoladamente por essa situação.
Mas a adoração pode estar sem vigor na sua igreja por causa da forma como o louvor está sendo conduzido.
Muitas vezes, as igrejas têm tentado tapar o sol da desorganização com a peneira do serviço de “cânticos”. E aí é um tal de “enquanto o culto não começa, vamos cantar o hino …”. É verdade que, às vezes, há uma emergência: o pregador não chegou a tempo, contaram errado o número de cadeiras na plataforma, a porta que dá acesso à plataforma emperrou,… Mas se todo culto tem uma emergência, das duas, uma: ou acabam com a emergência ou a emergência acaba com o culto.
As músicas escolhidas para a adoração coletiva da congregação às vezes são inadequadas. Estou falando tanto de hinos quanto de canções modernas. Pense nisso com sinceridade: por que tantos hinos do hinário ou da harpa não entusiasmam mais uma boa parcela da congregação? Você acha mesmo que é falta de comunhão do povo? De outro lado, será que algumas canções contemporâneas não estão inibindo o louvor porque falam um idioma litúrgico diferente?
Não precisamos abolir o hinário das igrejas. Embora nós o tenhamos abolido das mãos, já que o telão anda cumprindo o papel de “karaokê sacro”. Nossa época não é melhor do que outras épocas em nível de composição (se a nossa não for a pior).
No entanto, porque também não inserir junto com os tradicionais e belos hinos, uma música de um quarteto ou de um coral/grupo/solista? O regente pode levar um quarteto ou alguns solistas para cantar uma estrofe de uma música conhecida e apreciada pela maioria e depois dirigir a congregação a cantar o refrão. Muitas músicas do hinário apareceram primeiro na voz de cantores e grupos vocais. Hoje, isso pode ser feito com algumas músicas que reflitam a teologia da igreja também.
Nos momentos de adoração congregacional, o regente precisa escolher o repertório adequadamente. Não é hora de ensinar um hino pouco cantado. Se ele é pouco cantado, pode ser que ele seja pouco preferido.
Hinos vibrantes e outros solenes, alguns alegres e outros mais reverentes.O regente congregacional precisa pensar no que é melhor para a coletividade e não para a individualidade. E dependendo do repertório escolhido, um regente pode auxiliar na criação de uma atmosfera sadia de adoração e contentamento, mas também pode desanimar e constranger uma congregação.
Buscando soluções para melhorar o louvor da sua igreja? Sinto dizer que não existem soluções mágicas. O regente pode levar um repertório da maior excelência e apreciação do povo, mas se as pessoas não suspirarem por Deus como a corça suspira pelas correntes de águas, não há adoração. A música pode ser a mais contemporânea, mas se eu não me alegrar quando me dizem “Vamos a casa do Senhor”, não há adoração. O hino pode ser o mais tradicional, mas se eu não celebrar com júbilo nem servir com alegria, não há adoração.
Nosso louvor não existe para que Deus nos ame. Nós O louvamos porque Ele nos amou primeiro. Nossa adoração não serve para mostrarmos que somos bons. Nós O adoramos porque Ele é bom e a Sua misericórdia dura para sempre.

Joêzer Mendonça

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um "crente" pode ter depressão?

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Segundo dados da OMS, a depressão será uma das doenças que mais vai matar em todo o mundo nos próximos 20 anos, o que faz dela um grande inimigo para qualquer um de nós.

Por isso é tão importante conhecê-la, tanto para poder se prevenir contra ela, como para ajudar alguém que esteja perto de nós e que já esteja com os sintomas de um estado de depressão.

 
Como detectar e vencer a depressão
Por Mario Pereyra (Pastor, Professor e Psicólogo Adventista)

Annie, 36 anos, vive com seu marido e dois filhos. O que ela vive dificilmente pode ser chamado de vida. Durante a maior parte do dia, está com medo e ansiosa. Medo de nada em particular, mas ainda assim, medo. Freqüentemente está tensa, com aparência cansada e olhar perdido. Por vezes, chora sem saber a razão. O sorriso de suas crianças não lhe causa muito impacto. À noite, é vítima de insônia. “É horrível, assustador, já não agüento mais”, ela me confidenciou.

Não me sinto disposta a fazer nada. Não consigo fazer as tarefas, não vou a lugar nenhum. Eu não quero ver ninguém. Vivo deitada, apesar de não conseguir dormir. Apenas me deito e fico pensando em meus problemas. A comida me dá nojo. Perdi cinco quilos nas últimas semanas. Por vezes, penso que seria melhor pôr um fim a esse pesadelo.”

Annie é uma vítima da depressão, a mais comum de todas as desordens mentais e queixas de saúde. Em todo o mundo, aproximadamente 400 milhões de pessoas sofrem de depressão. As estimativas variam de 12 a 14% da população mundial.

Os sintomas mais comuns são melancolia, perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa, baixa auto-estima, transtornos do sono, falta de apetite, pouca energia e baixa concentração. No pior dos cenários, a depressão pode levar ao suicídio, uma trágica fatalidade associada à perda de cerca de 850 mil vidas a cada ano.

O quadro é preocupante. O pior é que dois terços das pessoas que sofrem de depressão não buscam ajuda. Porém, mais de 80% entre aqueles com depressão clínica melhoram significantemente com tratamento.

Tipos de depressão
Pesquisadores têm sugerido diferentes subtipos teóricos de depressão. São eles:

1. Depressão maior é a condição na qual alguém se sente deprimido o tempo todo, sem interesse em nada. Há perda de apetite, insônia, ansiedade, fadiga, dúvidas e tendências suicidas.

2. Distimia é uma depressão mais prolongada (mínimo de dois anos para adultos e um ano para crianças e adolescentes), com sintomas similares à depressão maior, mas com menor intensidade.

3. Depressão bipolar é uma condição caracterizada pela presença de depressão maior e episódios de mania. É um estado anormal da mente, expansivo ou irritável, que pode durar por uma semana, com ilusões de grandeza, ausência de sono, falando mais do que o usual, pensamentos dispersos, ativismo e agitação psicomotora.

4. Ciclotimia é similar à desordem bipolar, mas de maior duração e menor intensidade.

Os dez mandamentos antidepressão

Há dois modos básicos de combater a depressão: com psicoterapia e terapia farmacológica. A pessoa deve ser avaliada por um psiquiatra que prescreverá tratamento adequado. A psicoterapia mais efetiva é a cognitivo-comportamental. Ela permite aos pacientes adquirirem novas habilidades em seu modo de percepção, compreensão e de reação às dificuldades, reduzindo a gravidade e duração da condição depressiva. Entre diversas formas para alcançar esse objetivo, gostaria de sugerir dez mandamentos antidepressão.

1. Intencionalmente lute contra pensamentos negativos. Os pensamentos negativos mais importantes são conhecidos como “Tríade Cognitiva Negativa”. São eles: (1) pensamentos e sentimentos negativos sobre si mesmo; (2) a tendência de interpretar o ambiente de forma negativa; e (3) a visão do futuro de modo pessimista. Por exemplo, Annie estava convencida de que era uma mãe ruim e uma péssima esposa. Pensava que seu esposo não a amava e com certeza a deixaria. Acreditava que a história depressiva de sua mãe se repetiria com ela.

Como combater esses pensamentos? Dois passos irão ajudar. Primeiro, detecte e descubra os pensamentos negativos. Segundo, confronte-os com evidências da realidade.

Pedimos a Annie que escrevesse suas situações negativas em um caderno com quatro colunas. As três primeiras colunas eram para ela descrever o evento, o que ela pensou e sentiu de acordo com a situação e que tipo de evidência ela possuía. Ela tinha que escrever na última coluna um pensamento positivo que substituísse o negativo. Por exemplo: um dia ela se encontrou com uma amiga que não a cumprimentou. Isso desencadeou pensamentos negativos. Aqui está o que ela escreveu:

Situação
Minha amiga passou perto de mim sem me cumprimentar.

O que senti e pensei
Eu penso que ela está brava comigo. Isso gerou medo e rejeição.

Evidência
Seu semblante sério e desagradável.

Pensamento alternativo
Pode ser que ela não esteja brava comigo e sim preocupada acerca de algo mais pessoal.

2. Quebre o circuito de idéias negativas. Annie pensou que seu marido se cansaria dela e a abandonaria. Dessa forma, se retraiu e adotou uma atitude desdenhosa. “Se ele vai me deixar, para que devo me preocupar com ele?”, pensava. “Você escutou o que ele disse quando entrou? Que eu não melhorarei novamente, como a minha mãe. O que ele quer é se ver livre de mim.” Tais pensamentos podem provocar uma resposta negativa do marido. Em troca, uma resposta negativa reforçaria seus sentimentos de rejeição e de futuro abandono. Annie estava presa em um círculo vicioso.

Como mudar estas idéias negativas? Uma maneira é confrontar tais pensamentos com a real situação. Na realidade, Omar, o marido de Annie, a amava muito e estava fazendo tudo para tornar a recuperação dela possível. Annie sabia que ela deveria preservar seu matrimônio e sua família, ser mais amorosa e cuidadosa. Assim, ao confrontar o negativo e reforçar o positivo, Annie poderia quebrar o círculo vicioso. Quando as atitudes mudam, tudo muda.

3. Evite pensamentos “absolutos”, do tipo “tudo ou nada”. “Omar nunca me amará novamente como antes.” “Tudo sempre dá errado.” Tais pensamentos e atitudes são típicos de pacientes deprimidos. A tendência é julgar as experiências, situações, pessoas e a si mesmo por duas categorias apenas: bom ou ruim, sempre ou nunca, santo ou pecador, etc. Para mudar esse modo de pensar, o método mais efetivo é o de introduzir tons no raciocínio com uma inclinação para o lado otimista. Por exemplo, Annie entendeu que ela teve o amor de seu marido, ainda que ele tenha se mostrado um pouco cansado em alguns momentos. Ela aprendeu a dizer: “Eu vou me sair vencedora com a ajuda de Deus.” “Existem coisas que faço que dão errado, mas existem outras que faço bem.

4. Não critique e castigue a você mesmo. Outra tendência de uma pessoa deprimida é estar permanentemente julgando suas ações, enfatizando os erros. Os deprimidos tendem a ignorar suas virtudes e focalizar as fraquezas. Esta autodepreciação incapacita e destrói. Por outro lado, o reconhecimento de virtudes constrói um novo futuro.

5. Exclua a tirania do “eu devo”. Quando se permite o crescimento do “eu devo”, este se torna um tirano permanente, fazendo demandas excessivas. Ao invés de “eu devo”, aprenda a adotar a atitude “eu preferiria.” O anterior é uma demanda tirânica, um fracasso que leva à baixa auto-estima. O posterior é uma aspiração, uma meta a alcançar. Se há um tempo em que os deveres precisam ser mais flexíveis, este tempo é quando você está deprimido.

6. Evite situações desagradáveis e estressantes. Como ir a funerais, por exemplo. Tais eventos acrescentam tensão a um indivíduo, particularmente a alguém com tendência à depressão.

7. Reconheça seus valores e virtudes. Reconhecer a sua própria capacidade e valor pessoal faz parte do caminho do bem-estar.

8. Aprenda a desfrutar e obter satisfação no que você faz. Depressão é o resultado de um fracasso em desfrutar a beleza e as bênçãos da vida. Benjamin Franklin disse bem: “O homem rico não é aquele que tem tudo, mas o que desfruta tudo o que tem.” Aprender a reconhecer o bom e o bonito ao redor de nós é um salto transcendente à descoberta da felicidade de viver.

9. Promova esperança. Desesperança é um componente essencial da depressão. A desesperança tem relação próxima com sintomas depressivos e tendências suicidas. Uma pesquisa sobre tratamentos para a depressão indica que a redução da desesperança é um fator importante de resultados bem sucedidos, particularmente durantes as primeiras semanas de tratamento.

Como lutar contra a desesperança? Desenvolvendo confiança em Deus, construindo autoconfiança, estimulando recursos pessoais e mobilizando forças mentais e espirituais para criar uma atmosfera esperançosa. Esperança é acreditar que sempre existe uma saída. Por isso, perguntamos a Annie: “O que você fará depois que superar a depressão? Como será o dia seguinte?” Planejando o futuro, para viver com seus filhos, ela foi capaz de visualizar uma vida feliz. Pouco a pouco, viu sentido na vida e a luz começou a surgir.

10. Confie em Deus. Envolvimento religioso é uma variável importante que recebeu atenção em recente literatura em depressão. Vários estudos de alto perfil indicam que certos aspectos de religiosidade (por exemplo, envolvimento religioso público, motivação religiosa intrínseca) podem ser inversamente relacionados aos sintomas depressivos. Ou seja, quanto maior o envolvimento religioso, menores serão os sintomas da depressão.
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filip. 4:4).

Por: Gilson Medeiros

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